segunda-feira, 12 de maio de 2008

Escritos

Rodam na cabeça os sentimentos que me alicerçam as ideias, mas insisto em deixar a folha em branco.

Ainda me sinto uma criança de corpo adulto. Como se os anos passassem, corpo e ideias amadurecendo, mas no interior sou a mesma do início. Fui absorvendo o crescimento que só me enrijeceu como o tronco de uma árvore, mas a essência é infantil.

Escrevo com a mesma caligrafia da minha mãe.

Já não faço sentido, nem para mim. Adaptei-me no entanto ao meu próprio mundo e ideias, onde estas só parecem ter beleza para mim. E espero somente que alguém esteja em sintonia com elas, para me sentir realizada e menos só.

Sempre desenhei uma espécie de cubos indefinidos, onde risco cobre risco, para tapar a imperfeição do início. No final não passa de um simples cubo vago, sem conteúdo nem beleza, mas por vezes no que é vago encontramos a nossa própria ideia de genialidade.

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